Categoria: Radar

  • A imprensa como um agente essencial no combate à pandemia

    A imprensa como um agente essencial no combate à pandemia

    Desde os primórdios da comunicação, como a Pedra de Roseta, ou o marco da prensa de Gutenberg e o início dos jornais na Europa, que o jornalismo desempenha um papel importante no processo de informação da sociedade. A imprensa sempre foi responsável por transmitir as notícias, de grandes ou pequenos acontecimentos, nacionais ou internacionais, com o objetivo de manter a população informada sobre o que está ocorrendo e deixar que todos façam suas próprias análises.

    Atualmente, essa responsabilidade está ainda mais ampliada, devido a tecnologia envolvida e necessidade de atualização e acompanhamento simultâneo. Com o intuito de acompanhar as mudanças e levar informação relevante, os veículos de comunicação formulam suas pautas de acordo com a agenda setting que, basicamente, está fundamentada na influência social. E, levando em consideração o momento que estamos passando, a metodologia utiliza as dúvidas a respeito da pandemia Covid-19 e demais interesses, como quais os efeitos da pandemia no país, as ações dos órgãos públicos e atualização dos casos, para manter a população atualizada.

    É nítido que todos os noticiários estão pautados no assunto e que a maioria da programação também, contudo, temos visto críticas a respeito da quantidade de criação de conteúdo sobre o assunto, que indicam, às vezes, a sensação de sufocamento por parte do leitor, telespectador e ouvinte, além dos internautas que se dizem bombardeados diariamente com materiais semelhantes. A partir dessa observação, é comum que as pessoas digam que não aguentam mais ver tantas notícias ruins.

    O contraponto dessa fala é o próprio exercício da profissão, o jornalismo tem a responsabilidade de retratar fatos, se eles são negativos, pelo menos por enquanto, não há para onde fugir. Obviamente que em meio à essa realidade dura e preocupante existem notícias pautadas em acontecimentos positivos, as quais ganham espaço no noticiário e são tão importantes quanto as outras, pois a imprensa, com seu papel social, também pode levar esperança.

    Assim como em outros momentos que a humanidade já viveu, como guerras, a queda das torres gêmeas e outros conflitos, o jornalismo foi e é necessário. Levando em consideração a atual crise humanitária, em que todos os setores são atingidos, desde a saúde até a economia, educação e segurança, a imprensa se torna um serviço social necessário de atualização e até mesmo instrução das pessoas com menor nível intelectual, permitindo o acesso à informação, que muitas vezes ocorre gratuitamente. Essa pulverização de dados também serve como divulgação de oportunidades e descobertas animadoras, que promovem um acalento.

    Ao contrário do que se pensa, o jornalismo também entrega notícias positivas, conforme ocorrem, obviamente, pois a profissão é realizada a partir da realidade, ou seja, acontecimentos verdadeiros, dessa forma, se não houver informações caracterizadas “boas”, também não haverá notícia do mesmo cunho. Não se pode noticiar o que não aconteceu. E, partir desse compromisso com a verdade e imparcialidade, a imprensa brasileira se dispõe a desmentir Fake News e reforçar a checagem de fatos, com o objetivo de não passar falsas informações.

    Durante uma pandemia e crise humanitária, é importante que a sociedade se mantenha informada, que consuma conteúdo de fontes confiáveis e de especialistas no assunto. Manter-se longe de dados errôneos também é uma forma de combater o vírus, proteger a si mesmo e ao restante das pessoas, além de preservar a saúde mental.

    *Cibele Cardoso é jornalista pela Universidade São Judas Tadeu, pós-graduanda em jornalismo contemporâneo e digital na Universidade Anhembi Morumbi e auxiliar de comunicação na Vervi Assessoria e Comunicações.

  • As mídias sociais diminuem a sensação de solidão

    As mídias sociais diminuem a sensação de solidão

    O ritmo das grandes metrópoles, hoje as mais acometidas pelo Covid-19, sempre foi frenético. Não há tempo para quase nada além de trabalhar, fazer reuniões, levar e buscar filhos na escola, plantões intermináveis, bater metas, cumprir horários apertados, seja qual for a sua profissão, trabalhar no limite. 

    E de repente, temos que parar. Como assim? É PARAR OU MORRER. E tudo se modifica. As prioridades são outras. Evitar aglomerações, cuidar dos velhos, e ainda manter a saúde financeira. 

    Nesse caos, como interagir com as pessoas? As visitas ficaram proibidas, os bares e restaurantes pararam de funcionar e a solução foi olhar para dentro de casa, em um processo de introspecção nunca antes possível. E qual a janela para o mundo então? 

    O Brasil é um país com uma população de 210 milhões de habitantes e o país conta com quase 150 milhões de internautas. Precisamos de maiores explicações? É a internet a atual janela para o mundo. E as mídias sociais nesse contexto tem um papel ainda mais fundamental. Com a presença ativa de grande parte desses milhões de internautas, essas mídias sociais desenvolveram um papel fundamental nessa pandemia. 

    Vemos grupos sendo formados por afinidade ou apenas por seguidores e amigos com relação de parentesco ou não. Existem milhões de pessoas que se conhecem apenas pela internet e passam mais tempo conectadas aos amigos que nunca viram na vida do que aos amigos com quem cresceram ou que sempre estabeleceram relações pessoais. 

    Para essas pessoas, a pandemia alterou pouco a sua rotina, uma vez que elas já passavam horas conectadas. Outras, no entanto, que se viram de uma hora para outra com suas atividades diárias interrompidas, se agarraram a essas conexões como forma de diminuir a sensação de solidão. 

    E é exatamente aí que voltamos a eleger a comunicação como a grade saída para os processos humanos. É através da interação entre um emissor e receptor que a mágica acontece. Evoluímos, crescemos e é através da comunicação que grandes barreiras são vencidas. Muros são derrubados, pontes são construídas, só através da comunicação conseguimos avisar ao mundo que acharam ou não uma solução para o coronavírus. Só através da comunicação que nos situamos em relação à realidade que estamos vivendo. Só através da comunicação resgatamos valores, nos sentimos vivos e parte de um processo onde todos temos responsabilidade. 

    Quando você sai de casa desnecessariamente se expõe e expõe todos ao seu redor. E é só através da comunicação que sabemos como nos proteger, como manter as nossas atividades essenciais e como proteger o outro, seja ele próximo ou não. 

    Não há dúvida, a comunicação, além de agente transformador e essencial para desenvolvimento das espécies, é também uma forma de, através de um esforço bem dirigido e sustentável, através das mídias sociais, diminuir a sensação de solidão que aflige o mundo. 

     

    Vera Lucia Rodrigues é jornalista, mestre em comunicação social e coordenadora de jornalismo na Vervi Assessoria, que há mais de 30 anos desenvolve projetos na área de assessoria de imprensa e comunicação social. 

  • Pé no freio ou pé na tábua?

    Pé no freio ou pé na tábua?

    Ao final de uma corrida em Mônaco, em que ocorreu um acidente grave, um piloto pergunta ao vencedor se ele não tinha visto o tal acidente, já que este havia chegado bem à frente dos demais. O ganhador responde que sim, que tinha visto. “Mas eu sei que, quando acontece um acidente como esse, todos ficam assustados e desaceleram – mas eu aproveito para acelerar e ganhar”, reponde o vencedor.

    A cena é de um filme (antigo) sobre a Fórmula 1, mas a lição pode ser aplicada com muita precisão ao atual ambiente de crise econômica, em que a grande maioria dos empresários tende a se retrair, a pôr o “pé no freio”. Nessas circunstâncias, quem tiver coragem para pôr o “pé na tábua” tem grandes chances de se dar bem. Afinal, todo economista que se preze sabe que o processo econômico é feito de ciclos: após uma bonança, sempre ocorre uma crise – e vice-versa.

    O atual momento é de crise, que talvez se aprofunde, mas que não será eterna. Dada essa incerteza, não é o momento apropriado para começar um novo empreendimento, mas o empresário que já está no mercado – e não pretende desistir – só tem duas alternativas: pôr o pé no freio – e ser passado para trás – ou na tábua e chegar na linha de frente. Acelerar em tempos de crise implica, porém, planejar bem as medidas a serem adotadas, concentrando esforços em ampliar a presença e visibilidade da empresa nos mercados que a crise pode ter reduzido, mas não anulou por completo.

    Diante desse desafio, a assessoria de imprensa se torna uma importante ferramenta de marketing e fixadora de marca. Induzir a veiculação de produtos, serviços e marcas em jornais, revistas, sites e demais canais de comunicação eletrônicos, desde que rigorosamente selecionados, é uma tarefa que cabe a uma assessoria experiente e bem estruturada. A eficiência desse trabalho pode – e deve – ser dimensionada à medida que ele vai sendo desenvolvido, já que os veículos de comunicação costumam dar resposta imediata a uma divulgação bem feita.

    Por último, vale lembrar a relação custo-benefício favorável do trabalho de assessoria de imprensa, em comparação com outras atividades de marketing, especialmente as campanhas publicitárias, fator esse que assume maior relevância em um momento em que as empresas têm pouca munição no carregador e que, portanto, precisam caprichar na pontaria.

    *Vera Lucia Rodrigues é mestre em comunicação social, com ênfase em jornalismo e diretora da Vervi Assessoria, empresa que há mais de 35 anos desenvolve projetos na área de comunicação corporativa.

  • A hora H na assessoria de imprensa

    A hora H na assessoria de imprensa

    Por Paulo Sérgio Pires

    “Relógio que atrasa não adianta”. Esse despretensioso jogo de palavras pode traduzir precisamente um dos maiores problemas atualmente do serviço de assessoria de imprensa: o gerenciamento de tempo inadequado dos clientes na divulgação dos press releases para a imprensa.

    Para um executivo de gestão, comunicação ou de marketing muitas vezes é difícil entender o quanto o tempo é uma questão central no jornalismo. No filme Noivo em Fuga, um personagem resumiu muito bem o assunto, definindo que “o jornalismo é a literatura que tem pressa”. Por isso, o processo decisório nesse espaço é quase sempre muito acelerado e não volta atrás. Uma vez perdido um prazo ou um fechamento de edição dificilmente alguma coisa poderá ser recuperada e refeita.

    Os jornalistas, queiram ou não, são escravos do momento. Por sinal, jornalismo e imprensa nasceram regidos pelo tempo. Recorrendo à etimologia, o jornalismo vem do francês “journal”, que corresponde à relação diária (jour=dia) ou publicação periódica. Daí também surgirem outros termos que têm essa ligação intrínseca como periódico, que em espanhol significa jornal, e giorno, palavra que em italiano é dia e seu derivado para jornal é gionarle. Um jornal diário, que foi durante séculos a mídia básica da humanidade, sai todos os dias e não pode cabular edição. Isso é sagrado. Houve tempos também que alguns diários produziam três edições por dia: Matutina, vespertina e noturna. Em situações emergenciais há também a famosa edição extra.

    Para um decisor em comunicação corporativa é essencial que entenda que não é seu tempo que importa para a opinião pública, mas na prática é o tempo dela que conta realmente. Por exemplo, se uma fábrica foi inaugurada e a diretoria só decidiu que deveria divulgar isso três meses depois do acontecimento por uma razão particular, o fato deixa de ter relevância para a imprensa e passa a ser apenas história da empresa. Para uma publicação, a informação só é importante se ela irá influir no universo dos seus receptores ou se pode ser transformada em conhecimento ou alguém usá-la para algum fim relevante.

    A informação em jornalismo tem urgência e há quase uma obsessão da busca para publicação de notícias em primeira-mão, o chamado ‘furo jornalístico’. “Quando não é possível conseguir sair na frente, então, que se saia junto com os outros veículos”, é o pensamento dominante da indústria jornalística.

    O jornalismo, em verdade, tenta ser a fotografia imediata do fato e a publicação da notícia dependerá também da periodicidade de cada veículo. Há meios de comunicação em ‘tempo real’ como as agências de notícias, aqueles que podem transmitir ‘ao vivo’ como rádios e TVs, como também os diários, os semanários (hebdomadários), quinzenários, mensários, veículos bimestrais, trimestrais, quadrimestrais, semestrais e até anuais. A partir das publicações bimestrais fica mais comum encontrá-las apenas na mídia especializada e científica. A dita ‘grande imprensa’ ou mainstream press (MSM) é quase sempre instantânea, no máximo mensal. Mas qualquer que seja a periodicidade, todos os veículos têm compromisso rigoroso com seu receptor, seus anunciantes e por consequência com seus rígidos fechamentos de edição (deadline ou linha da morte).

    Uma notícia ou reportagem velha não serve para muita coisa na mídia, e ainda mais, hoje em dia, quando as redes sociais, mesmo que não sejam jornalismo ou imprensa, costumam despejar informes à população antes da imprensa, por causa da proximidade e autonomia do emissor com esses canais. No entanto, as redes sociais não têm um protocolo da divulgação formal, nem uma técnica discursiva própria, nem um código de conduta, que imponha limites aos seus produtos midiáticos.

    Quase tudo é permitido nos posts/publicações e tuítes. Encontram-se facilmente nesses espaços mensagens múltiplas, fotos, fofocas, fakenews, áudios, streamings, comentários, reclamações, alertas, avisos, piadas, estórias, recados, etc.etc.etc. E como afirmou o escritor e jornalista Ignácio de Loyola Brandão, “quem escreve, escreve o que quer”. Mas na técnica jornalística, além do texto claro, objetivo, preciso e conciso é necessário que seja ágil. Os bons jornalistas são verdadeiros ‘Lewis Hamilton’ do relato, da narrativa, de como contar um acontecimento com velocidade.

    Os profissionais dos jornais impressos, possivelmente a mídia mais profunda, todo dia têm um bom espaço em branco para ser preenchido. Se por acaso uma matéria chegar após o fechamento de nada adiantará. Tudo tem seu tempo e especialmente no jornalismo porque a notícia velha não tem nada de novo, portanto deixa de ser notícia.

    Nos telejornais o duelo contra o tempo também é uma luta de samurais. Aqui os repórteres, produtores e editores também enfrentarão o ‘inimigo tempo’ com galhardia. Os jornalistas trazem as imagens de campo, entrevistas (sonoras) e às vezes a narração gravada da matéria (off). A seguir os editores de VT montam na ilha de edição a reportagem de acordo com as diretrizes dos editores de texto e tudo supervisionado pelos editores de jornalismo. O projeto da edição do telejornal ou ‘espelho’ precisa ser concebido com rapidez no decorrer do dia até o fechamento da edição.

    Em geral, o telejornal de uma cabeça de rede tem meia hora de duração, mas leva o dia inteiro para ser produzido. E quando ele vai ao ar, acontece impreterivelmente a X horas, nem mais, nem menos. Trata-se de um encontro marcado preciso, matemático e impiedoso. Algumas vezes, a matéria pode cair, mas com certeza haverá outra muito em breve com o mesmo número de segundos que a anterior para substituí-la. Se o material bruto não for editado a tempo, finalizado até seu horário limite, de nada valerá o esforço desprendido. Jornalistas que falham em suas entregas não têm muito tempo ou vida longa na profissão.

    De todas as periodicidades jornalísticas a de ‘tempo real’ possivelmente seja a mais desafiadora no que diz respeito ao fechamento, porque os segundos reinam absolutos, soberanos como aqueles imperadores que cortam as cabeças dos inimigos. Nas redações das agências de notícias, repórteres, redatores e editores correm contra os ponteiros do relógio para noticiarem o acontecimento o mais próximo do fato, que é a filosofia do “tempo real’. Por isso, as notas e notícias são ‘flashes’, que reduzem ao absolutamente essencial para serem levadas aos leitores e internautas quase que instantemente. Gritos às vezes também fazem parte do tempero editorial nas suas redações. E o resultado é comemorado em muitos momentos. Houve uma vez em que a agência Reuters se vangloriou, porque deu a notícia dois minutos depois que o líder da União Soviética de então, Mikhail Gorbachev, deixou seu cargo.

    No rádio, como as matérias são transmitidas muitas vezes ‘ao vivo’ pelo celular, não há muitos entraves de prazos e com frequência nem é preciso redigir o texto, o que levaria mais algum tempo. A situação radiofônica pode ser narrada prontamente, sendo muito parecida com os ‘vivos’ das televisões. Mas vale deixar claro, que a maior parte de um telejornal ou radiojornal é produzida com diversas matérias previamente gravadas, que são inseridas no seu roteiro final.

    Então, é de total importância, que porta-vozes, fontes informativas e gestores de releases fiquem mais conscientes de que “o tempo não para”, como cantava Cazuza, e convém destacar ainda que nesse ambiente comunicacional isso é para todos indistintamente, até para os geradores da informação.

    Um anônimo definiu certa vez que “o tempo tem duas caras, se bem aproveitado será um grande aliado, senão será seu pior inimigo”. Na mídia é assim e isso é dogmático. Há também outros pensamentos sobre essa questão como o da atriz, escritora e cineasta Liv Ullmann, que indagou num dia filosófico: “Por que o tempo é tão implacável, roubando-nos as oportunidades se não formos suficientemente rápidos para agarrá-las imediatamente? Pois bem, esse artigo termina por aqui, porque o tempo acabou.

    Sobre o Autor: Paulo Sérgio Pires é gerente de atendimento da Vervi Assessoria e Comunicações, jornalista, publicitário e professor de Comunicação. É pós-graduado/especialista e mestre em Comunicação pela USP, onde foi pesquisador-bolsista.

  • Press release NÃO é anúncio, nem matéria-paga

    Press release NÃO é anúncio, nem matéria-paga

    Por Paulo Sérgio Pires

    Um dos equívocos mais recorrentes na Comunicação Integrada é a confusão entre a propaganda e a assessoria de imprensa, por isso a importância de abordar o tema “Press release não é anúncio”. Boa parte dos executivos no Brasil entende que a narrativa de um anúncio pode ser a mesma que a de um press release, o que é uma falha grave tecnicamente falando. O press release quando surgiu há mais de um século foi uma resposta do empresariado americano à imprensa da época, demostrando uma perspectiva do outro lado da questão para um conflito social.

    Contam os livros, que o press release e a assessoria de imprensa surgiram em 1914, quando o magnata norte-americano dos negócios John Rockefeller solicitou apoio profissional do jornalista Ivy Ledbetter Lee. Na época, a tradicional família Rockefeller estava sendo duramente criticada pela opinião pública com o noticiário negativo de suas empresas por causa de atritos com seus funcionários, em virtude das péssimas condições de trabalho, de então. A estratégia de Lee foi divulgar uma versão mais humanizada dos irmãos Rockfeller, o que chamou atenção da imprensa da época, que por sinal, era bastante sensacionalista.

    Lee criou na oportunidade a principal ferramenta de assessoria de imprensa, o press release ou news release, ou seja, em tradução literal, notícia solta, notícia distribuída, ou ainda comunicado de imprensa. Acompanhando aquele inédito texto noticioso, o jornalista enviou um bilhete anexo, que mais tarde se tornou a Declaração de Princípios de Lee, que sintetiza bem o objetivo e filosofia desse trabalho até hoje:

    “Este não é um serviço de imprensa secreto. Todo nosso trabalho é feito às claras. Nós pretendemos fazer a divulgação de notícias. Isto não é um agenciamento de anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor na seção comercial, não o usem. Nosso assunto é exato. Maiores detalhes sobre qualquer questão serão dados prontamente e qualquer diretor de jornal interessado será auxiliado, com o maior prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nosso plano é divulgar, prontamente, para o bem das empresas e das instituições públicas, com absoluta franqueza, à imprensa e ao público dos Estados Unidos, informações relativas a assuntos de valor e de interesse para o público.”

    Considerada e aceita essa premissa, por consequência, uma das piores coisas que um press release pode conter é uma narrativa publicitária, como excesso de adjetivos, palavras elogiosas, bajulatórias, sedutoras e açucaradas que são absolutamente comuns nos anúncios, mas impróprias no jornalismo de qualidade. Já presenciei editores riscarem ou eliminarem todos os qualificativos dos textos enviados e um desses jornalistas mais severos, ao perder a paciência, transformou o release numa bola de papel, arremessando-a sumariamente para o cesto de lixo, mesmo tendo interesse no conteúdo.

    Desta forma, quanto mais o release se aproximar de uma notícia, mais chance ele tem de ser publicado na mídia digital, eletrônica e impressa. Isso é fato. O primeiro princípio do release é que seu conteúdo deve ser útil ao leitor, internauta, telespectador ou ouvinte, e auxiliá-lo de alguma maneira, inclusive na tomada de decisão. Por outro lado, o interesse do cliente que usa assessoria de imprensa deve ser submetido primeiro aos anseios do receptor. Se o cliente desejar ter êxito no uso desse instrumento, o receptor será o soberano nesse processo.

    Diretrizes editoriais

    Segundo o Manual de Redação da Folha de São Paulo, todo release em princípio deve ter um ‘gancho’, ou seja, ter alguma razão que lhe dê atualidade e interesse geral para justificar sua publicação. Os jornalistas devem procurar o gancho de suas matérias e explicá-las ao leitor. Um release precisa conter informações novas, incomuns, interessantes ou significativas para o destinatário. Eles são produzidos de forma estruturada, seguindo uma técnica estabelecida e não aleatória, livre e pessoal. Cada palavra deve ser pensada cuidadosamente e as frases articuladas jornalisticamente como uma matéria jornalística habitual. É tolerável apenas um leve toque corporativo, mas muito sutil.

    Conforme o livro Assessoria de Imprensa na Era Digital, do Departamento de Estado dos Estados Unidos, o press release é escrito como texto de jornal e é um relato da matéria contado em uma ou duas páginas. Essa tipologia editorial contém as respostas básicas das questões ‘quem, o quê, onde, quando, por quê e como’ nos dois primeiros parágrafos. O press release de fato é um resumo dos fatos sobre um tema para o qual queremos a atenção da mídia.

    É apresentado em um formato padronizado e seu principal critério é o de ter ‘valor-notícia’ para ser publicável. O texto deve seguir a técnica da pirâmide invertida, citando as informações por ordem de importância de modo que os editores possam identificar facilmente os fatos principais e também cortar o que não lhe interessa, sem prejuízo do restante escrito. A informação-chave corresponde ao topo da pirâmide e as informações menos importantes à base.

    O Press release não é anúncio, pois serve como subsídio adicional para o trabalho jornalístico, seu conteúdo pode ser alterado livremente na redação, reduzido, reescrito, publicado na íntegra, servir como pauta para jornalistas, inclusive guardado para o futuro, ou simplesmente ignorado se não tiver relevância para a

    opinião pública, aos olhos do editor. Mas em nenhum momento, caso seja aproveitado parcialmente o totalmente, o veículo exigirá compensação monetária do seu emissor ou de sua assessoria de imprensa, se for terceirizada.

    Já o Manual de Assessoria de Imprensa da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) define o release como uma ferramenta que a assessoria usa para organizar as informações que está divulgando. “Trata-se de um texto, cuja essência é a informação”, ressalta o documento. Por seu lado, o professor Vasco Ribeiro, da Universidade do Porto, lembra no seu artigo acadêmico O peso do Press Release no processo de produção de notícias, que ele é tido como a mais importante técnica de assessoria de imprensa.

    Conforme Ribeiro, muitos são os estudos que provam os altos índices de eficácia deste suporte na indução de notícias, mas quase nada se conhece sobre o seu processo de produção. O autor em suas pesquisas analisa com que propósitos e de que forma o press release é elaborado para ter a aceitação dos jornalistas, assim como entender o processo de transformação que estes textos sofrem até serem publicados como notícias finais.

    Filosofias diferentes

    O usuário de assessoria de imprensa ou divulgação jornalística precisa estar ciente, portanto, que ele não pode pensar no press release da mesma forma como trabalha com um anúncio publicitário. Se desejar que uma reportagem de seu interesse tenha o conteúdo exato de um anúncio comercial terá o recurso do publieditorial, publirreportagem, informe publicitário, matéria paga, informe comercial, publicidade redacional ou editorial, advertorial, ou mais recentemente no contexto do que trata o marketing de conteúdo ou publicidade nativa, e de outras novidades, que na essência é uma forma de publicidade suavizada ou abrandada, conforme variantes à disposição. Todas as formas de informe publicitário, vale ressaltar, são pagas, ou regiamente remuneradas, já que as variáveis do trabalho são controladas pelo anunciante, ao contrário da divulgação tradicional do release, que tem outro processo decisório de aproveitamento.

    O Código de Ética Publicitária do Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária, seção 6, dispõe em seu artigo 30, que “ a peça jornalística sob a forma de reportagem, artigo, nota, texto-legenda ou qualquer outra que se veicule mediante pagamento, deve ser apropriadamente identificada para que se distinga das matérias editoriais e não confunda o consumidor”. Os influenciadores digitais, inclusive,

    também são instruídos pelos respectivos publishers das redes sociais a explicitarem quando se trata de material comercial ou deixarem claro que recebeu uma contrapartida financeira ou oferenda do respectivo anunciante/patrocinador/parceiro (conhecida como ‘arroba’).

    Separações

    Na teoria da comunicação há um famoso conceito retirado da história, que se chama separação entre ‘igreja e estado’. Trata-se de uma metáfora que se apropria do conceito político de clara separação entre o estado e a igreja, da mesma forma que o jornalismo e a publicidade. A imprensa filosoficamente deve ser independente, soberana, sólida, imparcial e não submissa às diretrizes publicitárias, portanto não misturando conteúdos específicos. Afinal, ninguém compra ou assina um veículo impresso, online, ou eletrônico para ler em princípio anúncios ou assistir vídeos de publicidade. Todos querem informações relevantes, que inclusive possam gerar conhecimento.

    Na Linguística há também separações narrativas claras entre publicidade e jornalismo. Os estudos dizem que a função referencial ou denotativa do jornalismo deve “transmitir uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto se apresenta na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade”.

    Já a função fática, que é da publicidade, tem como objetivo estabelecer uma relação de proximidade entre emissor e receptor, um contato para se certificar que a mensagem está sendo recebida ou para se estender à conversação. Esta função fica clara quando, por exemplo, se diz: Está entendendo? Ou quando você recomenda num anúncio: “Compre, experimente, vá, pegue, lembre-se, etc.”

    Assim fica mais claro a identificação do que é anúncio ou mensagem comercial (publicidade) e notícia (jornalismo) e reforça que o press release não é anúncio. O release ainda que tenha inspiração na notícia jornalística e às vezes na reportagem e na nota, tem peculiaridades e naturalmente embute interesses empresariais ou corporativos por trás do texto divulgado e isso fica muito claro para os jornalistas na redação, mas nem sempre para os receptores. O release para se tornar efetivamente notícia passa por um filtro chamado edição jornalística.

    Para finalizar esse longo artigo, convém lembrar ainda o que o pai da assessoria de imprensa e hoje também das relações públicas, Ivy Ledbetter Lee, declarou certa vez sobre a relação organizações e imprensa: “Toda empresa deve ser transparente, falar sempre a verdade, se a verdade pode prejudicar a empresa, que se mude a empresa para que a verdade seja boa”.

    Sobre o Autor: Paulo Sérgio Pires é jornalista, publicitário e professor de Comunicação. É gerente de atendimento na Vervi Assessoria e Comunicações. É pós-graduado/especialista e mestre em Políticas de Comunicação pela ECA/USP, onde também foi pesquisador-bolsista.

  • Títulos: o texto precisa ter cabeça

    Títulos: o texto precisa ter cabeça

    O título é uma das partes do texto jornalístico de maior relevância e dificilmente será substituído por alguma novidade, que seja criada em breve ou daqui a décadas. Aparentemente, a técnica de titulagem é muito simples, mas não é bem assim. Ela envolve muita psicologia, porque o autor precisa refletir de antemão o comportamento do leitor/internauta, da sua interpretação e entendimento, e se ele provoca o tão famoso hoje engajamento ou envolvimento com aquela pessoa que o lê. O título, portanto, pode ser o início, mas também o fim de um bom trabalho jornalístico, se não for elaborado corretamente.

    De fato, esse elemento é crucial para induzir leitores/internautas à leitura e se não tiver qualidade técnica, invariavelmente, o receptor não dará início a sua leitura no corpo do texto. Os americanos o chamam de head ou head line, ou seja, cabeça ou linha cabeça. Então, só para lembrar, que se não há um ser humano vivo sem cabeça, uma matéria jornalística também não pode prescindir de um bom título, para não virar uma verdadeira “mula sem cabeça”.

    Na prática, o título é o primeiro elemento efetivamente importante de um texto jornalístico. Como disse certa vez o designer americano Aaron Burns: “Você nunca tem uma segunda chance de causar uma primeira impressão”. Portanto ele precisa ser bom ou pelo menos ter no mínimo algum impacto. É ele que pode empurrar o leitor/internauta para o texto ou também provocar a desistência sumária do restante do corpo do texto.

    Os títulos jornalísticos têm uma técnica diferenciada em relação aqueles que encabeçam trabalhos acadêmicos e pesquisas, anúncios de publicidade, livros e documentos, ainda que muitos pensem que sejam todos iguais. Um grande problema é que uma infinidade de leigos acredita que seja um trabalho muito elementar e óbvio, e não imagina que por trás dos diversos dos seus componentes é preciso muita astúcia, critério, criatividade e precisão.

    Para quem teve alguma prática jornalística e trabalhou numa redação sabe o quanto é difícil escrever rapidamente por exemplo um título de duas linhas com até 40 caracteres ou de três linhas com 20 caracteres. Poucos sabem a dificuldade que existe diariamente em especial no jornal impresso, o que quer dizer uma luta sem fim para encaixar precisamente, por tentativa e erro, as frases nas fôrmas das matérias, sem mais ou menos letras.

    No caso particular do assessor de imprensa, o título é duplamente importante, porque além desse profissional precisar “vender” o texto para o leitor/internauta, um release, nota ou artigo precisa ser aprovado pelos olhares rigorosos dos pauteiros, produtores e finalmente editores dentro das redações. Estima-se que no momento editores de publicações mainstream (grande imprensa) recebam mais de 300 press releases em média diariamente, às vezes, chegando, dependendo do porte da publicação, a 1,5 mil releases/dia. Portanto, se no subject do e.mail não houver frases ou palavras que sensibilizem o receptor pelo interesse, de nada adiantará o corpo do texto ser perfeitamente correto e muito bem escrito.

    Na realidade, muitos editores dão apenas uma passada de olho ou olhadela no material de divulgação recebido, por absoluta por falta de tempo, e aí o título faz muita diferença. Os assessores de imprensa têm quebrado o crânio para criarem títulos que chamem atenção de leitores/internautas, mas especialmente de editores, que invariavelmente estão atabalhoados pela carga de trabalho.

    Com a chegada das técnicas de SEO um detalhe importante passou a ser a escolha precisa de uma palavra-chave, que irá fervilhar estrategicamente por várias partes do texto, para assim ficar mais visível aos algoritmos dos motores de busca, como o Google. Há aqui um dilema editorial, porque em jornalismo existe uma regra básica de que não se deve repetir alguns tipos de palavras no mesmo parágrafo. Especialistas em TI, porém, já avisaram que a partir da entrada da inteligência artificial nos buscadores, essa regra da palavra-chave perdeu muita força e o que vale é o texto de qualidade e bem redigido. Talvez, nesse caso, o melhor caminho seja ainda encontrar o ponto de equilíbrio.

    Dada sua significância, pode parecer até estranho, mas há até livros exclusivamente sobre o tema. No Brasil, o clássico Jornalismo: a Técnica do Título, do jornalista Joaquim Douglas, publicado em 1966, pela Editora Agir, continua sendo o único na literatura jornalística nacional, mas há outros volumes semelhantes como Los Titulares En Prensa, da Editorial Mitre, em espanhol. E para se ter noção melhor do tamanho da magnitude desse elemento para a comunicação jornalística, o Manual de Redação e Estilo de O Estado de São Paulo dispendeu 10 de suas páginas sobre o tema, alcançando detalhes impressionantes de sua construção.

    Nesses novos tempos do jornalismo pós-moderno, um parente próximo do título, o chamado intertítulo ou entretítulo (aquela palavra ou palavras que separam partes da matéria) também ganhou importância. Como há uma forte presença de um novo modismo no momento que disseminou o uso de decálogos (conjunto de dez princípios escritos), pentálogos, heptálogos ou outros álogos, ao gosto do cliente, o peso deles cresceu. No mundo da ‘imprensa’, certos textos agora devem conter compulsoriamente pequenos títulos internos que chamem atenção para o parágrafo imediatamente abaixo. Em geral são frases dialógicas, imperativas ou até delicadas e frescas. Vai depender do estilo do autor. O que não se sabe é se terá vida longa ou não…

    Há outros pontos que também podem ser considerados no mundo ‘titulístico’. Esse elemento tem uma rica história na imprensa, especialmente em relação aos seus erros crassos que veremos a seguir, mas, não vamos aqui identificar o autor e publicação por total solidariedade. Vamos ler então algumas pérolas na sequência:

    Carro capota com quatro pessoas e um universitário

    Bandidos fingem ser ladrões para roubar família em Mogi

    Saco de lixo atira em motorista e foge

    Chuva obrigou as pessoas a usarem guarda-chuvas

    Grávida que sobreviveu ao acidente está viva

    Gerência de saúde afirma que não vai faltar vagina

    Preso acusado de suicídio é encontrado morto na cela

    Engavetamento de 46 veículos mata quatro mortos no Chile

    Valor do imóvel tende a cair ou subir no entorno do Metrô

    Gostou? Pois bem, o título também  pode ser um recurso para identificar a maestria do seu autor (o que não é meu caso). Na época dos grandes festivais, nos Anos 60 do século passado, o cantor e compositor Sérgio Ricardo foi vaiado impiedosamente pela música Beto Bom de Bola.  O intérprete tentou conversar com a plateia, pedindo apenas que ouvissem a música, mas foi em vão. As vaias continuavam e ele, já muito nervoso e descontrolado, não conseguia mais dar continuidade. Segundo jornais da época, depois de soltar um “vocês venceram”, ergueu o violão em meio à gritaria, martelou-o no palco e lançou seus restos à plateia. A manchete no outro dia do jornal popular Notícias Populares foi: Violada no auditório.

    Outra situação famosa para os anais da literatura jornalística foi o caso de uma jovem que passou mal após ter comido um cachorro-quente estragado comprado num carrinho de lanches perto de um estádio. No dia seguinte, a manchete do jornal estampava: “Cachorro fez mal a moça”. Eu mesmo tive que ser diferente, certa vez, quando atuava como um inexpressivo editor de um jornal especializado, para tirar a sisuda publicação do marasmo editorial. Recebi um singelo release de uma famosa indústria de aguardente, que tinha um oportuno projeto social para crianças carentes. O título, desculpe-me, não poderia ser outro então a não ser: “Pinga faz bem às crianças”.

    Pois bem, depois de escrever e me alongar tanto sobre esse extenso tema nesse artigo sobre essas frases tão sintéticas, mas não menos grandiosas, fica aqui uma pequena lição para quem acha que criar títulos pode ser concluído facilmente, livremente, sem a devida atenção, reflexão, e inúmeras tentativas de ensaio e erro. É importante advertir, ainda, que ele não pode ser concebido sem se sustentar pela técnica jornalística ou de assessoria de imprensa.

    Autor do artigo
    Paulo Sérgio Pires, autor do artigo “O título precisa ter cabeça”

    Paulo Sérgio Pires é jornalista, publicitário e professor de Comunicação. É gerente de atendimento e novos negócios da Vervi Assessoria e Comunicações

    Leia também Assessoria de imprensa para empresas B2B

  • Assessoria de Imprensa: Diferenciais significativos em uma entidade de classe

    Assessoria de Imprensa: Diferenciais significativos em uma entidade de classe

    Quando se fala no papel da imprensa em entidades de classe há que se pensar na atuação da própria entidade junto aos seus associados, formadores de opinião e governo, incluindo todos os poderes constituídos, que são, em sua maioria, os grandes responsáveis pelas dores e soluções dos setores representados.

    Um exemplo no Brasil que envolve praticamente todas as entidades de classe, uma vez que atinge todas as sociedades civis organizadas e empresas instaladas do País, é a questão tributária e a questão dos custos de produção no Brasil. Como que as entidades de classe podem tratar dessa questão junto à opinião pública? Certamente que um esquema bem articulado junto a jornalistas e formadores de opinião pode ajudar muito. Por exemplo, recentemente  saiu uma matéria de capa no jornal Estado de S. Paulo falando de um estudo realizado pela ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos sobre o CUSTO BRASIL.

    Como os números levantados foram parar na primeira página desse grande jornal, nas suas páginas de conteúdo, na Globo News, Jovem Pan e inúmeros outros veículos de comunicação, com grande penetração no processo de formação da opinião pública e alcance nas esferas dos poderes constituídos? É uma pergunta que vários gestores de entidades de classe, com números, pleitos e estudos igualmente importantes devem estar se perguntando.

    Nesse caso e exatamente nesse sentido que uma assessoria de imprensa bem articulada e experiente com relacionamentos significativos pode ajudar a levar essa e outras questões à opinião pública e dar visibilidade a problemas e questões que normalmente ficam restritas aos gabinetes.

    E o que significa aqui capacidade de articulação? Ter contato com os principais veículos de comunicação do País, estabelecendo relacionamentos com os jornalistas que realmente importam dentro da estratégia de cada cliente, oferecendo sempre, de forma personalizada, informações e matérias que possam ocupar espaço editorial e garantir a participação dos problemas da entidade de classe no noticiário.

    Aqui devemos ressaltar ainda a necessária formação de porta-vozes para que se desenvolva uma proximidade com a imprensa, tornando-os referência para esses veículos de comunicação.

    Existe uma enorme diferença entre assessorar empresas, celebridades e entidades de classe. E não existe fórmula pronta. preciso antes de tudo ter capacidade de entendimento do que o cliente, no caso a entidade de classe necessita. Qual é o problema dela? Representatividade? Expansão associativa? Articulação junto aos poderes constituídos?

    E a partir dai sim elaborar um passo a passo, como um alfaiate que desenvolve um terno sob medida, de acordo com a necessidade e conforto do cliente.

    Assessoria de imprensa para entidade de classe é uma alfaiataria capaz de elaborar as melhores peças, mas que atendam às necessidades específicas de cada cliente. É sob medida, esse é o grande diferencial capaz de efetivamente gerar resultado e colocar os pleitos das entidades em evidência dentro da melhor abordagem possível.

    Vera Lucia Rodrigues conversou com João Marchesan, presidente do conselho administrativo da ABIMAQ e ele comentou sobre a importância de ter uma assessoria de imprensa para a entidade de classe e comentou brevemente alguns feitos da Vervi e sua equipe.

    Acesse para assistir: https://www.youtube.com/watch?v=ftLYrBW8GI0

    Confira nosso artigo sobre assessoria de imprensa para empresas B2B.

  • Assessoria de imprensa para empresas B2B

    Assessoria de imprensa para empresas B2B

    Muitas empresas B2B, ou seja, aqueles negócios que não vendem para a grande maioria do público e têm espaços segmentados para comercialização de seus produtos/serviços, costumam alegar que não empregam assessoria de imprensa porque não atuam diretamente com o consumidor e, portanto, a mídia não teria maior interesse em suas atividades. Mas hoje há uma imprensa especializada e subespecializada em empresas B2B, extremamente desenvolvida, pujante e sempre à procura por informações sobre seu segmento de atuação.

     

    De fato, nenhum empresário vai a um supermercado, por exemplo, para comprar uma embalagem para o seu produto industrial. Um fabricante de sacolas plásticas para supermercados, por exemplo, tem como público-alvo o supermercado, e isso tem de ser bem claro. O setor B2B ou Business to Business trabalha com bens que não são de consumo, ou seja, são artigos, equipamentos, serviços, matérias-primas ou mercadorias desenvolvidos para um negócio empresarial. Há um público-alvo bem definido, que é aquele que consome uma peça, um componente, um aditivo, ou outras necessidades de produção.

     

    Algumas agências como a nossa ou outras empresas de serviços acabam se especializando nesse segmento e isso gera mais tranquilidade na operação com o cliente, porque é sustentada por uma expertise muito mais definida, e uma vivência e cultura organizacional bem ajustadas ao B2B. Tendo como exemplo o segmento de embalagem, hoje há disponíveis várias revistas que ‘conversam’ com esses leitores e internautas periodicamente. Como alguns exemplos, podemos citar a Revista Pack, Revista Embalagem & Marca, ou a Revista EmbaNews, sem contar com uma imensidão de portais e agências de notícias especializadas nessa área. Consequentemente, não se pode falar com um consumidor de produtos triviais da mesma forma que um consumidor de produtos de engenharia.

     

    O trabalho de assessoria de imprensa fica mais fácil no B2B, quando há notícias direcionadas para aquele público-alvo que suprirão a demanda informativa do setor, porque cuidam especificamente do público de embalagem. Assim fica muito mais fácil para ‘manusear’ e produzir informação, levando-se em conta principalmente as características do veículo.

     

    A assessoria de imprensa B2B tem maior facilidade em setores característicos, porque procura entender mais profundamente o mercado no qual o cliente está inserido, a linguagem corrente, o glossário ou jargão, os conceitos básicos, e muitas vezes as manias, desejos e até temores. Ela pode ter a facilidade de certa forma de já ter tido contato com um público-alvo bem definido e direcionado. Há também questões como um segmento industrial ou de serviços, que são idênticas ou iguais ao do outro.

     

    Um cliente B2B dificilmente vai ter uma matéria que interesse, por exemplo, aos grandes portais ou jornais. Supondo, que um grande investidor tenha comprado uma fábrica na Alemanha ou que tenha desenvolvido uma nova tecnologia ou que participou de uma fusão, aquisição ou que aplicou uma soma em um novo maquinário avançadíssimo, tudo isso poderia ser pauta de investimento ou economia e negócios, e neste caso é possível pensar em publicações de longo alcance. Mas cada caso tem suas peculiaridades e há muitos detalhes a serem ponderados.

     

    Em geral, quem tem um negócio B2B tem preferência pelas mídias especializadas e focadas no seu negócio. Ele quer se comunicar diretamente com aquele público do seu universo, porque pode gerar mais negócios ou melhorar sua imagem corporativa. Então é muito difícil, por exemplo, ler-se uma notícia de um lançamento de um produto B2B no Jornal O Estado de S.Paulo e menos ainda de uma embalagem. Em contrapartida, nas revistas EmbaNews ou Embalagem & Marca é bastante comum aparecer notícias de novas embalagens direcionadas para públicos específicos, públicos novos, além de outros mercados. 

     

    No ambiente business to business não há tanta preocupação com o entendimento de termos técnicos ou de trocar a mensagem em miúdos aos leitores/internautas, como acontece no jornalismo de massa, o qual obriga que todos os textos sejam absolutamente compreendidos pela imensa maioria dos consumidores do veículo. É uma questão de expertise, direcionamento e comunicação B2B que se use a linguagem própria da especialidade em que se atua.

     

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  • Como o trabalho de uma assessoria de imprensa pode melhorar as vendas

    Como o trabalho de uma assessoria de imprensa pode melhorar as vendas

    Há muito tempo, todos profissionais que têm um primeiro contato com as assessorias de imprensa, geralmente perguntam “Ah tudo bem, mas como é que eu vou medir o retorno desse trabalho? Isso vai impactar minhas vendas?”.

    Essa é uma questão que todo empresário, especialmente aqueles de menor porte, que não têm estrutura organizacional muito delineada, com incumbência exata do funcionário dentro da empresa, ou mesmo aqueles que possuem uma diretoria de comunicação, geralmente perguntam como é que um trabalho de comunicação pode melhorar as vendas?

    Na realidade, percebe-se que as empresas querem estabelecer uma relação direta entre assessoria de imprensa e o avanço no faturamento, mas não é bem assim que funciona. O resultado de vendas nunca pode ser medido por uma ação isoladamente. Geralmente, o aumento de vendas considerado se dá por meio do esforço conjunto, ou seja, ação do marketing, do próprio departamento de vendas da empresa e também da assessoria de imprensa.

    Mas podemos estabelecer uma relação indireta, mas de que jeito? Sabemos, por exemplo, que muitas empresas precisaram cortar as verbas de publicidade, por conta da crise, da dificuldade do orçamento e até mesmo por causa da dificuldade de vendas. Também compreendemos que existem outras empresas, de porte ainda menor, que não têm verba de publicidade, ou seja, não dispõem de um planejamento especifico para aumentar a visibilidade dos seus produtos, da sua empresa, dos seus lançamentos, das novidades e o desenvolvimento de novas aplicações. O resultado é que o mercado não fica sabendo do que está acontecendo dentro do escopo da própria empresa, e assim o departamento de vendas tem muito mais dificuldade para trabalhar produtos que são desconhecidos.

    Todos que têm um bebê, em geral, sabem quando vão ao supermercado à procura, por exemplo, da melhor papinha para ele, desperta quase sempre na mente a marca Nestlé. Isso é resultado do investimento na própria marca por anos, e com isso, todo mundo passou a entender que a Nestlé fabrica melhor papinha. Agora, vamos imaginar que os papais e mamães desses recém-nascidos não soubessem que existe uma papinha industrializada e que a melhor no mercado é a da Nestlé. Eles não procurariam pelo produto e não teriam acesso a ele. A mesma coisa acontece com produtos das pequenas, médias e até de grandes empresas, pois muitas vezes os profissionais desconhecem essa ferramenta de divulgação e de ampliação do conhecimento da sua marca e dos seus produtos no mercado de uma maneira geral.

    Hoje, sabemos que existem muitos veículos segmentados em que as aplicações, inclusive industriais, encontram receptividade. Existem, por exemplo, revistas especializadas em mineração, automação, manufatura avançada e todas essas publicações às vezes carecem de um esforço do departamento de comunicação

    ou da contratação de uma assessoria de imprensa externa que saiba decodificar esses produtos, que saiba escrever sobre eles e que possa fornecer esse tipo de informação arredondada, já na forma de press release, ou como prefiro dizer, de matérias jornalísticas a ser entregues para esses veículos especializados. Isso faz com que a assessoria de imprensa ocupe o papel da publicidade? Não.

    A publicidade continua sendo importante para ter um apelo direto de venda, mas, por exemplo, ações que você não consegue fazer por meio da publicidade, que não vão ter um apelo direto, que necessitam de explicação, como o desenvolvimento de tecnologias e especialmente na aplicação dos produtos, exigem outros instrumentos. Geralmente um produto vende não pela sua característica intrínseca, mas pelo o que ele serve e seu benefício, então é muito importante que uma assessoria de imprensa consiga detectar todo esse universo noticioso que existe dentro das empresas e levar isso para o público.

    Tudo isso necessariamente vai repercutir e impactar nas vendas das empresas, mesmo até que executivos de vendas possam não admitir. Em compensação, seria irresponsabilidade de quem trabalha com assessoria de imprensa argumentar que “assessoria de imprensa aumenta as vendas”, porque não é assim que funciona. Todas essas ações colaboram para que o mercado tenha mais conhecimentos sobre as marcas e sobre os produtos, e com isso, consequentemente, podem gerar aumento nas vendas.

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  • Assessoria de Imprensa e seu papel fundamental na disseminação responsável de informações

    Assessoria de Imprensa e seu papel fundamental na disseminação responsável de informações

    Hoje em dia muito se fala em ‘espalhar notícia’, isso, com o advento do mundo digital, tem se tornado mais fácil e rápido, no entanto é sempre bom lembrar que nem tudo que é dito na internet, necessariamente, é verdade e aí começa uma longa discussão sobre o papel do jornalismo e, principalmente, da assessoria de imprensa na disseminação de informações na era da internet.

    Desde seu início, o trabalho da assessoria de imprensa foi, principalmente, o de auxiliar na divulgação de conteúdos de seus clientes, isso, lógico de maneira responsável e verdadeira. Atualmente, a assessoria de imprensa tem vários papéis e com o aumento das demandas criadas pela internet precisou se adaptar aos novos meios de divulgação, passando a fazer parte de um conjunto de ações de propagação de marca nos meios digitais chamado de Marketing Digital.

    Dentro desse grupo são vários os tipos de ferramentas que podem ser utilizados, entre elas a comunicação nas mídias sociais, otimizar em termos de pesquisa (SEO), entre outros, mas nesse artigo vamos nos ater ao papel da assessoria de imprensa dentro desse mundo de possibilidades comunicacionais.

    Muito se fala ainda sobre os modos tradicionais da assessoria de imprensa que pensa apenas nos meios clássicos (Impresso, TV e rádio), no entanto há alguns anos as agências de assessoria de imprensa vêm se transformando em agências de comunicação e, portanto, ampliando seu leque de serviços oferecidos. Isso não significa que não se faz mais assessoria de imprensa, mas sim que o trabalho se expandiu, atingindo novos segmentos e patamares.

    Na Assessoria de Imprensa Tradicional o trabalho continua sendo auxiliar os clientes a serem notados pela mídia, preparando sua comunicação institucional para que cause boa impressão e ofereça visibilidade positiva para a sua marca através de press releases, clippings e follow ups necessários para mensurar se sua estratégia de imprensa funciona. O papel da Assessoria de Imprensa Tradicional é aumentar a visibilidade do negócio nos veículos de comunicação tradicionais, como jornais, revistas, rádio e TV.

    Já na Assessoria de Imprensa On-line embora os objetivos sejam os mesmos do trabalho desenvolvido na tradicional, em função da dinâmica e características da própria web, o profissional de comunicação precisa se adaptar às técnicas, ferramentas e até mesmo exigências destes veículos, sejam eles redes sociais, blogs ou sites.

    Uma das dificuldades desse trabalho hoje é que há quem diga que qualquer um faz isso. Essa alegação é uma grande falácia, afinal as assessorias de imprensa atuam com conteúdos relevantes e verdadeiros. Ao contrário de quem compartilha materiais apenas por compartilhar, sem checar de onde vem e muito menos se preocupando no que pode resultar, os novos modelos de agencia de comunicação levam em conta as tradições de disseminar boas, uteis e verdadeiras notícias.

    Diante disso, podemos afirmar que a Assessoria de Imprensa desempenha um importante papel na notoriedade, credibilidade e imagem de uma empresa junto do seu mercado. Também podemos salientar a importância do Marketing Digital para que a empresa seja encontrada online pelo público e consiga que evolua de visitante no site até lead, cliente e finalmente fã. Os resultados são muito superiores se as ações forem integradas.

     

     

    *Vera Lucia Rodrigues é jornalista, mestre em comunicação social e há 37 anos dirige a Vervi Assessoria de Comunicação

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